quarta-feira, 22 de junho de 2011

Intramuros - by Artur T. Ferreira


Foi com o maior prazer que após dois dias ausente, abri minha caixa de email e encontrei o do Artur, a quem por sinal convidei para fazer parte do nosso blog, tamanho discernimento em seus comentários. Espero que em breve, quando conseguir dividir seu tempo de estágio e faculdade, possa aceitar. Seja bem vindo mais uma vez aqui no nosso e sempre teu espaço.

Star

Durante todo esse turbilhão de transformações nos bastidores do clube, e, na mesma medida, as revelações que foram se descortinando, limitei-me a percorrer apenas com os olhos os blogs avaianos. E sobre o assunto, quanto aos túneis escabrosos do Aderbal, diretamente, não emiti opinião alguma, até por uma falta de conhecimento profundo sobre o que se passa lá dentro. Mas ninguém pode ser alheio e desinformado, ao ponto de ignorar o evidente, em uma época em que as notícias e informações se disseminam de forma tão veloz, pipocando como tainha no cerco.

Confesso que meus pensamentos divagaram extenuadamente por essas questões intramuros, que, em minha opinião, são as verdadeiras responsáveis por todos os resultados em campo que passamos neste momento. Brigas internas – com ares de guerra fria –, vaidades, disputas pelo poder e por um monopólio de mercado, amadorismo, traduzem-se nos reflexos dentro dos gramados que agora presenciamos. A blogosfera me deu o start...

‘Filão de mercado’

Desde a chegada de Luis Alberto, seu modelo de gestão, e a "profissionalização" trazida ao departamento de futebol do Avaí, foi tomando conta da mente dos mandatários do clube que essa "boquinha", esse filé de mercado, não poderia ser outorgada e perpetuada a um rélis amigo e companheiro, outrora recomendado forasteiro. As finanças advindas de tão promissora fatia mercadológica não poderiam passar ao largo dos cofres de quem por tanto tempo esvaziou os bolsos para dar asas ao clube. Era latente. O saldo, percebeu-se, não viria de maneira tão simples por outros meios, haja vista que não ignoram serem os clubes de futebol a extensão macabra dos órgãos de restrição ao crédito. O débito teria que ser quitado, e ainda tem! (mas a que custo isso vai se dar?).

Já sei! – pensou-se. – Já sabemos a fórmula. Por que não expurgar com carinho e sorrateiramente o Mestre e começar a andar com as próprias pernas? Já temos o know-how.

E ainda mais. Pensou o inexperiente, ora “faixa-preta”: “Quem sai aos seus não degenera. Já temos o enviado divino. O Iluminado. Vou dar-lhe armas e um staff de primeira".

O fisco – by Aventureiros

Desmentido por um sistema que julgava dominado, como um ipon perante o despreparo, a soberba e a incompetência, e também envolto em uma arapuca de interesses diversos, Dom Pedro I, do alto do trono real, pela primeira vez, viu a água molhar seu colarinho. O Príncipe não tinha culhão nem lastro pra suportar toda a gama de adversidades, muito menos os enviados da Coroa, que nada mais eram do que aventureiros inconseqüentes, como seu novo comandante. Todos, sem exceções, tentando abocanhar seu pedaço do tesouro Real. Sem dúvida, não imaginou, o Imperador, que o príncipe não teria capacidade, juntamente com o staff, de gerir as coisas do clube e, concomitantemente, angariar fundos para o baile Real.

Não houve outra saída, diante da realidade e dos fracassos Reais, senão repatriar, definitivamente, Mestre Miyagi. O grande problema é que derrubar um árvore com tantas raízes fica difícil e demanda certo tempo. Coisa que o Avaí Futebol Clube não tem! Agora está assim: os que foram e podiam ir já foram, os que ficaram, que o Mestre dê um jeito de lidar. Apesar de não se ter pra onde correr, não é segredo pra ninguém que essa simbiose do porco espinho com o labrador nunca deu certo. É bom que se mantenha distância ou então que se aparem as arestas, coisa que muito duvido ser exequível.

À espera de um milagre – lições de um tolo

Ficamos desse jeito, esperançosos por um milagre dentro das quatro linhas e com uma interrogação a respeito de como as coisas nos túneis subterrâneos e amaldiçoados da Ressacada vão ser conduzidas depois de tudo isso. Enquanto isso, nós, torcedores, vamos seguindo à risca os ensinamentos que nosso Conselho Decorativo nos dá – inércia.

4 comentários:

Artur,
Foi com o maior prazer que postei o email enviado por ti, a quem por sinal convidei a fazer parte do nosso blog, tamanho discernimento em seus comentários. Seja bem vindo mais uma vez aqui no nosso e sempre teu espaço.

Grande beijo

Valeu, Dinho..

Carmen, com todo o respeito, sem botar os pés em cima da mesa (hhehe), já me sinto em cas aqui no blog..

Querido Artur,

Fique a vontade, pois a casa é tua e nada melhor do que nos sentirmos a vontade em meio a amigos.

Beijos

Twitter Facebook Favorites More