terça-feira, 28 de junho de 2011

Leão em crise e Gallo na fogueira

Técnico do Avaí faz cobranças públicas, gera desconforto e provoca reação na comissão técnica

Alexandre Gallo mal chegou e já está numa fogueira. Com duas derrotas em dois jogos e o time estacionado na lanterna do Campeonato Brasileiro, o técnico do Avaí precisa buscar um bom resultado diante do Grêmio amanhã, em Porto Alegre, para acabar com os rumores e devolver a paz à Ressacada.

Em duas semanas de trabalho, Gallo convive com problemas de toda ordem. Ao optar pelo afastamento de cinco jogadores George Lucas, Émerson Nunes, Revson, Felipe e Arthuro, que treinam à parte na Ressacada , criou um mal-estar. Parte do elenco e da torcida ficou descontente com as liberações, em especial as do lateral George Lucas e do zagueiro Émerson Nunes.

Mas não é tudo. Dentro da própria comissão técnica há sinais de cisão. Após o jogo do último domingo (derrota para o Fluminense, por 1 a 0, na Ressacada), Gallo reclamou publicamente do condicionamento físico dos atletas. Indiretamente, o técnico fez menção ao trabalho desenvolvido por Emerson Buck, que é funcionário do Leão e preferiu continuar no clube depois da saída de Silas.


Agora, Buck virou auxiliar de Elliot Alves, trazido por Gallo, na semana passada, para assumir a preparação física. Buck não gostou do que ouviu e lamentou que assuntos internos sejam tratados pela imprensa.

– Não concordo com ele (Gallo) porque o time está num padrão físico bom, com força e velocidade, tenho dados para provar isso. É a opinião dele. Acho que o problema não é esse, é mais de ordem tática; quando há mudanças assim, os jogadores precisam correr mais – justificou Buck, em entrevista ao repórter Fabiano Linhares, da CBN Diário, ao se referir à mudança de esquema (do 3-5-2 para o 4-4-2) e ao desgaste dos atletas.

Circula na Ressacada a informação de que Gallo tem prazo para dar uma resposta: até a 10ª rodada. Do contrário, sua permanência no Leão ficaria ameaçada. O presidente João Nilson Zunino descarta essa hipótese. Segundo ele, se o time demorar muito para voltar a vencer, não é apenas o treinador que terá de sair, mas também toda a cúpula avaiana.

O momento ruim, conforme Zunino, favorece o surgimento de informações desencontradas. E, após cada derrota, o clima fica bastante pesado.

Reuniões quase diárias com diretores, conselheiros e parceiros têm sido feitas para minimizar os problemas. O que parece deixar muita gente descontente não é o trabalho em si, e, sim, a maneira como o processo é conduzido por Gallo e sua equipe. Os jogadores evitam falar no assunto:

– A gente já tem muito fogo aqui, nossa fogueira está muito acesa – disse William, capitão da equipe.

Hoje, às 9h, o Avaí embarca para Porto Alegre com a missão de colocar água nessa fogueira. Terá como aliado o clima frio dos Pampas e a vontade de acertar diante de um Grêmio que também convive com a pressão e a necessidade de vitória. Quem sabe, desta vez, o tiro seja certeiro.

Fonte: Diario Catarinenese

2 comentários:

É, quando a crise começa lá dentro, termina no campo... Lamentável!

Em dois jogos o Garnizé bagunçou o coreto dentro e fora do campo. Afinal, quando Gallo vai começar a dirigir o Avai? Se for para brigar, chama um pugilista. Ta foda!

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